O diagnóstico é o ponto de partida para a elaboração do projeto terapêutico em medicina, assim como em qualquer atividade de saúde. Estima-se em bilhões de dólares anuais os custos relacionados ao erro do diagnóstico e as falhas da implementação de projetos terapêuticos, sem contar o custo inestimável em perdas de vidas. A falta de concordância entre avaliadores, entretanto, é um problema conhecido em todas as áreas da medicina e da saúde. Ao contrário do senso comum, os erros de diagnóstico não ocorrem
necessariamente por incompetência técnica, nem são necessariamente
consequências de um trabalho “mal feito”. Em grande parte, o erro diagnóstico e de decisão clínica é secundária a funções cognitivas comuns ao ser humano, que geram vieses no raciocínio e nas estratégias decisórias. De uma forma geral, estes vieses são conhecidos, porém, não são percebidos pelo clínico ou tem o seu impacto desvalorizado no quotidiano.

Nesta disciplina, estudaremos como se dá o raciocínio diagnóstico, os momentos críticos para a ocorrência e quais são os vieses mais comuns, na prática. Estudaremos ainda estratégias de mitigação, as suas vantagens e desvantagens, e os exemplos de como algumas rotinas já estão inseridas na vida clínica.

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